Devo dizer que não existe nada
mais irritante do que estar com pessoas que passam o tempo todo mexendo no seu
precioso iphone e demais smartphones. A impressão que tenho é que as pessoas
estão desaprendendo a se relacionar “ao vivo e a cores” e só conseguem se
comunicar por meio dos dedos, digitando a conversa. Passei por isso um dia
desses ao encontrar duas amigas num café. Por mais que reclamasse, pouco se
conversou e perdi a atenção delas para as novidades que naquele momento eram apresentadas
via celular.
Outra coisa: o quão somos “obrigados”
a acompanhar hora a hora, via redes sociais, o que as pessoas fazem de suas
vidas. Tudo graças a internet no celular, que permite que saibamos cada passo dado
por alguém em uma viagem, por exemplo! Não sei por que agora muita gente perdeu
o pudor de expor sua vida, enfim...
Claro que ninguém é obrigado a
acompanhar, mas existem pessoas que são queridas e das quais não gostaria de
excluir das minhas redes sociais. Agora é fato: se já fico sabendo de tudo o
que acontece na vida da pessoa – via Internet – para que encontrá-la, ao vivo?
E que novidades serão compartilhadas se tudo já foi devidamente exposto?
Daí minha conclusão que Steve Jobs – e outros “gênios”
da tecnologia - contribuíram para o isolamento das pessoas e que essa
aproximação causada pela tecnologia não é tão próxima assim. Por essas e outras
é que ando me recusando a ter internet no celular. E quem quiser saber o que se
passa na minha vida vai ter que me encontrar ao vivo e a cores.