terça-feira, junho 30, 2009

Walk Unafraid - REM


As the sun comes up, as the moon goes down
These heavy notions creep around
It makes me think long ago
I was brought into this life a little lamb, a little lamb
Courageous, stumbling
Fearless was my middle name
But somewhere there
I Lost my way
Everyone walks the same
Expecting me to step
The narrow path they've laid
They claim to
Walk unafraid
I'll be clumsy instead
Hold my love me or leave me high.
Say 'keep within the boundaries if you want to play.
'Say 'contradiction only makes it harder.
'How can I be, what I want to be?
When all I want to do is strip away
These stilled constraints
And crush this charade
Shred this sad masquerade
I don't need no persuading
I'll trip, fall, pick myself up and
Walk unafraid
I'll be clumsy instead
Hold my love me or leave me high.
If I have a bag of rocks to carry as I go
I just want to hold my head up high
I din't care what I have to step over
I'm prepared to look you in the eye
Look me in the eye
And if you see familiarity
Yhen celebrate the contradiction
Help me when I fall to
Walk unafraid
I'll be clumsy instead
Hold my love me or leave me high.

quarta-feira, junho 24, 2009

Constatações sobre o trânsito em Brasília.


- Os acidentes que acontecem aqui são inacreditáveis. Como em vias largas, bem sinalizadas, com velocidade controlada, as pessoas conseguem se acidentar da forma mais bizarra possível? Eu acho que é uma competição de uma alguma sociedade secreta.

- Fato mais que comprovado: fuja de mulheres dirigindo carrões. Como elas morrem de medo de que aconteça algo com seus carros caríssimos, elas andam abaixo da velocidade permitida, freiam ante qualquer oscilação do vento e passam horas tentando estacionar em um local que não ofereça risco para a pintura do veículo.

- Não espere que todos lhe avisem, por meio das setas, o que vão fazer. O carro a sua frente pode de repente, não mais que de repente, dobrar ou parar. Seja forte para não ter um ataque de nervos nessas horas.

- Galera adora um acidente, tanto que quando tem um carro parado na grama, todo mundo para pra ver o que houve e aí já viu o congestionamento. Depois reclamam dos goianos.

- Evite estacionar ao lado de carros mais altos que o seu. Os donos – achando que também são proprietários do mundo – não têm a menor vergonha de bater na porta do veículo estacionado ao lado.

- Desista de querer qualquer coisa de uma mulher no trânsito. Elas não dão passagem, fazem o que bem entendem e ai de você se reclamar. Lembro disso antes de sair de casa porque me recuso a ser tosca assim quando dirijo. Fora do carro é outra história, rs.

- Justiça seja feita: os homens daqui são gentis no trânsito.

- Quem dirige aqui, desaprende a dirigir em cidades com trânsito complicado. Eu que o diga. E quem causa acidentes ridículos aqui, não pode nem pensar em dirigir em outra cidade. É perigo puro.

- Que medo é esse que muitos têm em fazer baliza? Já me disseram que a baliza não é cobrada no exame de direção. Como assim?


P.S - A cena da foto ocorreu nos Estados Unidos, mas poderia ter ocorrido tranquilamente em Brasília. A motorista deu ré e caiu do quarto andar do estacionamento. Foto do portal G1.

sexta-feira, junho 19, 2009

Número de famintos bate recorde e ultrapassa 1 bilhão, diz FAO

Elevação do preço dos alimentos e crise econômica contribuíram; um a cada seis seres humanos passa fome

Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo


GENEBRA - A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) anunciou nesta sexta-feira, 19, que o número de famintos no mundo atingirá em 2009 a marca recorde de 1 bilhão e 20 milhões de pessoas. Isso significa que um a cada seis seres humanos passa fome.

A FAO atribuiu o acentuado aumento no número de famélicos a uma combinação da crise financeira internacional com a persistente elevação dos preços dos alimentos, que levou mais 100 milhões de pessoais a sofrerem com a falta de alimentos.

Ao anunciar o fato, o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, advertiu que a crise alimentar "representa um grave risco para a paz e a segurança no mundo", segundo a agência Dow Jones. Praticamente toda a população de pessoas subnutridas vive atualmente nos países em desenvolvimento.

De acordo com as estimativas da entidade, desses mais de 1 bilhão de famintos, 642 milhões vivem na região da Ásia e do Pacífico e 265 milhões na África subsaariana.



P.S - Das coisas tristes dos últimos dias, esta é a mais digna de lamento. Isso porque ainda nem quero comentar a desobrigatoriedade de diploma pra jornalista.

sexta-feira, junho 05, 2009

Deficiências

Por Mario Quintana*


"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.



*Escritor gaúcho nascido em 30/07/1906 e morto em 05/05/1994

segunda-feira, junho 01, 2009

Garapa


Quem não gosta de pobres, acha a luta de movimentos sociais uma coisa chatíssima - que atrapalha o trânsito e tal - não se interessa em saber o que acontece além do seu umbigo e não se importa nem um pouco com coisas "triviais" do tipo "pessoas morrendo de fome", melhor não assistir ao GARAPA, novo filme (ou documentário) do José Padilha (aquele de Tropa de Elite e outros).



Eu duvido que alguém consiga assistir aquilo sem sentir um mal-estar, um desconforto imenso, um nó na garganta, um embrulho no estômago e uma vontade de espantar as moscas. Se você não aguenta essas sensações, vai por mim: não assista! Mas se for daquelas pessoas que tem uma certa curiosidade em ver que o mundo não é mesmo cor de rosa...eu recomendo!



Sobre o Grito da Terra e vergonha alheia!

Na semana passada, trabalhadores rurais de todo País estiveram em Brasília para o 15º Grito da Terra Brasil (GTB). A manifestação durou dois dias, mas a diretoria da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e dirigentes sindicais de vários sindicatos e federações ligados à Contag estavam em negociação com o governo federal desde a semana anterior.

Pra quem não sabe, a Contag é a maior Confederação da América Latina e representa mais de 20 milhões de pessoas, entre agricultores familiares, assalariados rurais, assentados e sem-terras. Neste ano, o tema do GTB, promovido exclusivamente pela entidade, foi Reforma Agrária, Conservação Ambiental e Fortalecimento da Agricultura Familiar. A cobrança por reforma agrária nunca sai de pauta, uma vez que a concentração de terras ainda é revoltante no Brasil. E os que já têm terra e produzem 70% dos alimentos consumidos no País – portanto, os agricultores familiares – estão com dificuldades para produzir porque hoje a legislação ambiental impõe as mesmas regras para quem tem um ou mil hectares de terras. Não é justo, né? Por isso, os agricultores familiares reivindicam diferenciação na legislação, especialmente no Código Florestal Brasileiro. E para continuarem produzindo, é preciso dar condições, daí o fortalecimento da agricultura familiar.

Além desses três pontos, a Contag também reivindica outras políticas públicas para o campo, que beneficiam mulheres, jovens e pessoas na terceira idade. Só pra ter uma idéia, em pleno século 21, ainda existem cerca de quatro milhões de analfabetos somente no campo, sem falar na carência de assistência à saúde, combate à violência e outros direitos básicos de qualquer cidadão.

Então, por conta do trabalho, acompanhei a manifestação – junto com as demais coleguinhas da agência – e pude presenciar mais uma vez a mediocridade de muitos moradores aqui da Terra da Fantasia. Obviamente que não é agradável se deparar com mais de quatro mil pessoas ocupando três faixas do Eixo Monumental 9h da manhã de um dia de semana, mas também não custa nada ter um pouco de paciência e prestar atenção no motivo de toda aquela galera vir de bem longe pra estar ali.

Os veículos de comunicação locais – como era de se esperar – só noticiavam que o trânsito estava congestionado e entrevistavam os motoristas confortavelmente instalados em carros novos, com ar-condicionado e som mp3. Poucos foram os jornalistas que se preocuparam em entrevistar os manifestantes. Ao invés disso, esses manifestantes tiveram que ouvir ofensas como “vão trabalhar, “desocupados” da “civilizada” gente da cidade. Haja vergonha alheia! Vergonha pela mediocridade, desinformação, pelo egoísmo e alienação de muita gente e de muitos colegas de profissão.

Falei aqui ano passado e repito. Se não gosta de manifestações populares, muda para a China, porque lá isso não é permitido. Ou para a Coréia do Norte, onde os governantes com certeza vão calar bem calado qualquer um que se atreva a reclamar de qualquer coisa. E a ignorância é tão grande que já ouvi gente dizendo que as manifestações deveriam ocorrer nos finais de semana ou feriado, como se as pessoas viessem pra cá apenas para “constar” e não para serem vistas e ouvidas por quem realmente tem o poder de fazer algo – e infelizmente são os podem fazer algo de concreto, depois que já votamos neles.

Enfim, e para quem acha que protestar não adianta nada, os trabalhadores rurais voltaram para seus estados com algumas boas notícias. Embora não tenham conseguido a totalidade do que reivindicaram, conseguiram algumas coisas que vão melhorar um pouco a vida de muitos, o que não aconteceria se tivessem simplesmente ficado de braços cruzados e esperando pela boa vontade dos nossos governantes. E esperar é o que mais a gente “civilizada” da cidade gosta de fazer, pois isso não atrapalha o trânsito. Socorro!