quarta-feira, outubro 24, 2007

Jovens ricos são os maiores consumidores de drogas

Do Yahoo Notícias:

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que jovens da classe A são os maiores consumidores de drogas do País. O economista Marcelo Néri batizou o estudo divulgado hoje de "Droga de Elite", em referência ao filme "Tropa de Elite", de José Padilha. "O retrato é muito semelhante daquele traçado no filme. Quem consome drogas é o garoto de elite, são jovens homens brancos solteiros de alta renda que vivem nas capitais do Sudeste e freqüentam uma instituição privada de ensino: 62% da classe A, com cartão de crédito", disse.

O estudo mostra ainda que apenas 0,06% da população do Brasil declarou consumir drogas. Em valores atualizados, a despesa média com drogas das pessoas que declararam ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) consumir maconha, lança-perfume ou cocaína é de R$ 75 por mês. "Nossa política contra o tráfico enfatiza muito a questão da oferta, e pouco a questão do consumidor, como o filme chama a atenção. É preciso ter alguma política sobre isso, seja a liberação do consumo de drogas leves, seja uma repressão. Acho que estamos no pior dos mundos."

Ele interpretou como "efeito colateral da droga" o fato de o estudo ter detectado, entre esses jovens, alto índice (11,8%) de atraso no pagamento de aluguel e de moradia em áreas onde foram relatados problemas com violência na vizinhança (63%). O perfil do consumidor de droga no País foi traçado com base em dados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, de 2003.


Capitão Nascimento é quem tem razão???

terça-feira, outubro 23, 2007

Perdão na marra?

Alguém me diga: virou moda os jornalistas perguntaram das vítimas de algum crime se elas perdoam os que lhes fizeram mal?

Tenho visto isso bastante, principalmente na tv. Fico imaginando o constrangimento da vítima. Recentemente, a mulher que teve o filho recém-nascido seqüestrado de um hospital no Espírito Santo teve de responder a essa tão constrangedora pergunta: E você perdoa a mulher que levou seu filho? Perguntou a sem-noção. E a mulher ficou calada, olhando pros lados, visivelmente incomodada, até que repetindo o que alguém, talvez o marido disse, respondeu: ta um pouco difícil, né?

Tá um pouco difícil também agüentar uns coleguinhas. Vivemos numa sociedade cristã, que prega o perdão. Sou contra a máxima do “olho por olho, dente por dente”, não vejo justificativa pra linchamentos, mas o perdão não é algo que se concede da noite pro dia, principalmente se for para ser sincero. Cada um tem seu ritmo, até os mais generosos. Não adianta dizer ali na frente das câmeras que perdoa se não é isso o que o cara quer, já que se ele não disser que perdoa, pode ser visto como uma pessoa pouco generosa.

É certo que tem a turma do bandido bom é bandido morto, que vai achar um absurdo perdoar um seqüestrador ou assassino, mas deixado com cada um com seu cada qual, não acredito que seja possível perdoar assim, de uma hora pra outra, só porque a repórter quer ouvir isso pra matéria ficar comovente. Pelo menos é o que deixam bem claro ao fazer esse tipo de pergunta.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Muita coincidência...

Incrivelmente depois que falei dos homens de Brasília, esses sapinhos apareceram para enfeiar o blog...Deve ser só coincidência, né? rs.

terça-feira, outubro 02, 2007

Gerúndio: Você está demitido!

Pra vocês verem como o governador do DF, José Roberto Arruda, é "poderoso": ele assinou um decreto proibindo os servidores (especialmente os secretários e os que atendem ao público) de usarem expressões no gerúndio - pra quem não sabe o que significa, basta lembrar de "vou estar anotando sua reclamação para estar sendo enviada pra o setor responsável, que a estará analisando. Quando houver uma resposta, estaremos entrando em contato para estarmos lhe avisando do resultado.

Segundo matéria do Correioweb, o governador decidiu baixar o decreto (número 28.314) por "ter perdido a paciência com alguns assessores que estão sempre “fazendo”, “providenciando”, “estudando”, “preparando”, “encaminhando”. Mas nunca concluem um trabalho ou jamais estabelecem um prazo para a finalização." O governador disse ainda, de acordo com a matéria, que "no meu governo, a variável tempo tem de estar incluída em todas as discussões” e é preciso sempre estabelecer metas e cumpri-las num determinado prazo".

Ou seja: Arruda diz que não quer mais enrolações. É certo que o gerundismo é triste, mas eu me pergunto: desde quando o uso de um tempo verbal vai impedir que um agente público (ou qualquer pessoa com fama de "enrolona") deixe de empurrar as tarefas com a barriga e deixe de dar desculpas esfarrapadas para sua ineficiência???

Eles podem querer usar o tempo verbal no infinitivo, que nem fazem os portugueses, por exemplo: Senhor Governador, estamos a trabalhar nessa obra e cremos que em breve a mesma será finalizada". Ou: Senhor Governador, estamos a providenciar as demandas dos moradores da Estrutural, que não podem sair de casa nem para trabalhar por causa da violência".

Mais engraçado seria o próprio Arruda, anos atrás, dando explicações sobre o escândalo da violação do painel do Senado, na tribuna: Nobres senadores, estive a violar o painel sim, mas estou aqui a chorar por estar arrependido. Perdão! Por essa razão (e não o medo da cassação do mandato e suspensão dos direitos políticos), estou a renunciar!

O jeito vai ser o gerúndio voltar para São Paulo, estado onde as pessoas o adoram...Aliás, é impressão minha, viagem total, ou os paulistas são os que mais usam o gerúndio???