quinta-feira, abril 06, 2006

Love is Suicide

Tô pensando em não mais revelar o significado da partitura que tatuei (pelo menos pros que não lêem isto, rs), por pura falta de paciência. Toda vez que digo que a partitura é de um refrão da música "Bodies", da minha querida banda Smashing Pumpkins, são sempre as mesmas duas reações:

A primeira: "Nossa, que legal" (em seguida, sorriso amarelo) - a expressão indica que a pessoa não entendeu muito, não tá com vontade de entender e me achou uma doida.

A segunda: "Que isso? Você acredita mesmo nisso? Ah, tira esse ódio do coração" - isso indica que a pessoal me achou mal amada, com tendências suicidas e pensa que pode me fazer mudar de idéia sobre o amor, rs.

Enfim, uma explicação: queria muito saber o significado que essa frase tem para o autor (Billy Corgan), mas dei a ela um significado próprio. Quando ele diz que "Amar é suicí­dio" pra aquem não sabe inglês s, essa é a tradução da frase, rs), entendo que é suicí­dio porque a pessoa morre um pouco, ou mata um pouco do que ela é e do que acredita em nome de outra pessoa. De repente, por exemplo, alguém que a vida toda gostou de azul, passa a gostar de amarelo porque o outro gosta dessa cor também. Bom, mas alguém pode retrucar: "isso só acontece com quem tem personalidade fraca". Eu não acho...acho que acontece com todo mundo. As pessoas mudam quando se apaixonam, quando acreditam amar alguém. E acho que não é uma mudança voluntária, pois às vezes trazem sofrimento para quem muda.

De repente, perde-se a vida própria, a vontade própria, os sonhos próprios e passa-se a viver a vida de outro. Não no sentido completo. E nem se trata de dizer que a mudança é total (porque aí­ sim seria coisa de quem tem personalidade fraca), contudo, há mudanças. E elas podem doer, de vez em quando.

Amar é suicídio também porque se fica naquela expectativa insconsciente de saber até quando o "amor" vai durar. E sempre espera-se que dure para sempre, rs. E é sempre aquela insegurança. Nunca se está tão inseguro quando se está apaixonado. E nunca se é tão vulnerável. Antes, uma pessoa que não existia passa a ter uma importância tão necessária quanto o ar. E, depender disso, é morrer.

Agora, o que eu sempre digo: nesse caso, não se pode condenar quem resolve se "suicidar". Essa, como tudo na vida, é também uma questão de escolha. Vão me acusar aqui de estar vendo as coisas sob um único ponto de vista e, talvez, descrevendo um único tipo de "amor". Podem acusar, mas que amar é suicí­dio, isso é!!!! E tatuei porque gostei da frase, ora!

Um comentário:

Moacyr Rodrigues disse...

Cadê um saco para eu pôr na minha cabeça ??? Não, não. Não é para me suicidar a mim mesmo (rs, rs).

É de vergonha ..