(...) "O motivo da pausa em que durante oito dias ninguém morreu e que começou por criar a falaz ilusão de que afinal nada tivesse mudado, resultava simplesmente das actuais pautas de relacionamento entre a morte e os mortais, ou seja, que todos eles passariam a ser avisados de antemão de que ainda disporiam de uma semana de vida, por assim dizer até ao vencimento da livrança, para resolverem os seus assuntos, fazer testamento, pagar os impostos em atraso e despedir-se da família e dos amigos mais chegados..."
(As Intermitências da Morte - José Saramago.)
Bem, não vou contar muito a respeito do livro que é para não estragar a surpresa de quem queira ler o dito cujo, o qual nem será necessário recomendar, pois seria um recomendação óbvia, visto que eu sou fã desse português. Para resumir, em As Intermitências da Morte, Saramago, com seu jeito irônico de ser, descreve os "perrengues" que um País passa quando a morte, digamos, resolve tirar férias e, depois de meses, decide reaparecer com comunicado lido na televisão, rs. Na passagem citada acima, a morte, querendo ser "boazinha" com os homens, manda entregar pelo correio um cartão, em cor violeta com os seguintes dizeres:
"Caro senhor, lamento comunicar-lhe que sua vida terminará no prazo irrevogável e improrrogável de uma semana, aproveite o melhor que puder o tempo que lhe resta, sua atenta servidora, morte".
Sei que a pergunta é macabra, chata e clichê, mas em geral, só se pergunta o que faríamos se só tivéssemos um dia. Então, pergunto: O que você faria em uma semana que pudesse valer pela sua vida inteira? Como aproveitaria esse tempo que lhe resta?
Ah, e no livro, Saramago descreve alguns casos de como os que tiverem a má sorte se receber o cartão violeta ("que iria tornar-se a mais execrada das cores"). Muito bom!
(As Intermitências da Morte - José Saramago.)
Bem, não vou contar muito a respeito do livro que é para não estragar a surpresa de quem queira ler o dito cujo, o qual nem será necessário recomendar, pois seria um recomendação óbvia, visto que eu sou fã desse português. Para resumir, em As Intermitências da Morte, Saramago, com seu jeito irônico de ser, descreve os "perrengues" que um País passa quando a morte, digamos, resolve tirar férias e, depois de meses, decide reaparecer com comunicado lido na televisão, rs. Na passagem citada acima, a morte, querendo ser "boazinha" com os homens, manda entregar pelo correio um cartão, em cor violeta com os seguintes dizeres:
"Caro senhor, lamento comunicar-lhe que sua vida terminará no prazo irrevogável e improrrogável de uma semana, aproveite o melhor que puder o tempo que lhe resta, sua atenta servidora, morte".
Sei que a pergunta é macabra, chata e clichê, mas em geral, só se pergunta o que faríamos se só tivéssemos um dia. Então, pergunto: O que você faria em uma semana que pudesse valer pela sua vida inteira? Como aproveitaria esse tempo que lhe resta?
Ah, e no livro, Saramago descreve alguns casos de como os que tiverem a má sorte se receber o cartão violeta ("que iria tornar-se a mais execrada das cores"). Muito bom!
Nenhum comentário:
Postar um comentário